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3.9

  • Foto do escritor: Daliane Azevedo P. Guimarães
    Daliane Azevedo P. Guimarães
  • 18 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

Amanheci com a frase: "Há um ano que todos os dias se parecem hoje" - e quanto de verdade há por entre as palavras ditas aí. Rememorar é o que faço em todo março que me é concedido. Sim, o meu mês de encerramento e início de novo ciclo. E que ciclo! Engessado num isolamento quase doloroso, mas potencialmente valoroso.

Saúde é o que mais se deseja, principalmente dentro de um processo inacreditável como o atual. Não se imaginava, calculava, deduzia...tamanha reclusa necessária. Um casulo de devaneios pra alguns, uma prisão de desconforto e dor pra outros. O que nos cabe - seres mortais, reter-se, ajudar-se, respeitar-se... ainda que a engrenagem dos dias tenha mais do mesmo. Sim, há dores mais doídas e corredores mais estreitos. E nada pode ser violentado.


Dia 18 de março de 2021 - véspera do meu dia 19, não hesito em dizer que tem a mesma energia de 2020. Coloco-me na posição de aprendiz de mim mesma, na pretensão de calcular os meus feitos de maneira mais leve que no ano anterior, mas com o olhar na produção das minhas horas - cada vez mais parecido com tantos outros tempos já vividos.


A vida é mesmo cíclica e emaranhada de recomeços. Dos pulos que dei - tenho cicatrizes, das fases que vivi, tenho especialmente lembranças. Sei mensurar meus feitos e os efeitos prolongados e ligeiros que foram me causando. Das maiores conquistas tenho o meu encontro comigo mesma, acontecido de inúmeras formas e conexões.

O ter, com os anos passados, toma conceitos diferenciados e macios. Ter pessoas comigo, muito mais que tê-las pra mim. Dentro desse elã - as amizades com os meus de sangue e os de alma, revelam uma pertença única e invariavelmente melhor, a cada ano. O tempo nos finais dos meus 3.8 tem outro compasso, isso há de ser maturidade - não encontro outro termo para substantivar todo o caminhar.


Pontos de ousadia sinalizei neste um ano de quarentena, coincidentemente marcado pelo crescido em mim. E só pra constar, a ESCRITA esteve ali, na abertura de todas as janelas. As que espiei, as que saltei, as que "quiseram" que eu saltasse, as que nem abri... E me refaço em quase todas as manhãs, quando me proporciono as letras, de um jeito que nem calcularia tempos atrás.


Ainda bem que o ter pra mim, passa também por TER histórias pra contar, passa por TER dias pra viver e fazer crônicas destes mesmos. De novo, o ESCREVER me reabilita para os próximos anos, me aproxima do que me é ouro. Grata sou pelos 38 escritos e pelos papéis em branco que me esperam.


Um tico de ESPERANÇA ainda traz aroma para este março, numa quimera quase que absurda de SAÚDE para a Humanidade tão doente de dias difíceis e iguais.




 
 
 

2 comentários


ingridgbi
02 de abr. de 2021

Parabéns, Dali! Que sua vida seja sempre repleta de bênçãos!

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laylladuqque
18 de mar. de 2021

É impressionante como me surpreendo e encanto a cada dia com seus escritos e sua maturidade amiga, ainda que pense não estar assim... está em processo, mas trazes para nós uma leve e sabedoria em cada palavra escrita. Não me cansarei de te admirar e ver em ti uma mulher forte em crescimento a cada dia com uma sabedoria e firmeza incrível. Amo você, simples assim e obrigada por nos encantar com suas palavras. ❤😘

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