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Torne-se leve

  • Foto do escritor: Daliane Azevedo P. Guimarães
    Daliane Azevedo P. Guimarães
  • 29 de jun.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 29 de jun.




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Há um mês, minha filha completou a sua primeira década de vida. Dez anos cheios de ternura. Acredito ser esta palavra a que melhor define sua estada por aqui. Nunca romantizei a maternidade, mas faço dela o meu melhor lugar, melhor espelho, melhor análise... para todas as outras faces que já possuía e as que colhi pós nascimento de Iza.

 

É lindo testemunhar suas mudanças, é forte assumir-me sua protetora em questões que ainda amadurecem no seu ser e que fez florescer no meu. O físico já entrega que o movimento adolescência já ronda, a potência do argumento, as conversas mais profundas, os desenhos tão cuidadosa e artisticamente produzidos, a postura de alguém que se gosta e que colhe amor onde se sente segura. Parte disso tem conexão com o que plantamos e aprendemos juntos, mas não é só isso.

 

Aliás, nem gosto muito desta palavra ‘só’ – sinônimo de algo pequeno, pouco, insuficiente, inacabado, sem valor... E ela já entendeu o tanto de profundidade que a vida tem.

 

Na sua coleção de brincadeiras ainda existe o movimento, a bicicleta, o reconto, a fantasia, o manuseio das miniaturas, o abraço carinhoso, os beijos que não escolhem hora, a música, os livros... e a intensidade das amizades.

 

Assisto seu gosto pela vida com o espanto afetuoso da mãe que vê passar o tempo pelo olhar da filha – que ainda não se preocupa com a medida que ele tem. Inimiga do fim, quando está em contato com o que gosta e livre o suficiente para repetir a si mesma – ‘somos diferentes, portanto, dignos de respeito’!

 

Repito sempre que não sou a mãe perfeita, mas a presença e o vínculo seguro podem nos transformar. E que erros e vazios farão parte de qualquer jornada.

 

‘Você sabe mãezinha, que amo as palavras – desde que entendi que elas me melhoram, por isso, desejo que continue encontrando aquilo que gosta de fazer, tornando sua vida interessante. O tédio e a vontade de viajar podem ser fortes aliados, quando deixamos que nos encontrem.

 

Colos certos, colam cacos! Toda vez que escolhe algo novo, o costume velho vai tentar permanência – portanto, não aceite, POIS VOCÊ JÁ PARTIU! E a livre escolha da mudança, sempre te trará novos cenários e algo de muito positivo!

 

Espero muito, poder te assistir caminhar e delinear os seus mais sinceros sonhos. Tenha medo da maldade da vida, mas não se retraia. Mude a rota se preciso for, respire, chore, escreva, continue desenhando, abrace pessoas e possibilidades, mas volte à paz que você já possui no olhar, na pureza de sua alma e na personalidade feminina que já inspira.

 

Por fim, saiba esvaziar a mala quando estiver cheia demais e se aninhe dentro dela. Leve o seu espírito pra viajar e volte aqui, quando precisar!’

 

Com amor,


Mamãe

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1 comentário


Laylla Duque
Laylla Duque
30 de jun.

Você sempre pontual, sensível e delicada em casa palavra, amiga. Isa tem a quem puxar, no gosto pela leitura, escrita, desenhos... Me lembro dos seus dons na adolescência e juventude. Dona que carrega continue e ajuda a brilhar em nós. Parabéns! ❤️😘

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