Amor em silêncio
- Daliane Azevedo P. Guimarães

- 5 de set. de 2023
- 2 min de leitura

Hoje, no horário de saída da Escola, vejo uma cena comovente. A maioria dos alunos, concluindo um painel, intitulado: Memorial Reginaldo. O gato mascote do Maria Regina foi encontrado sem vida. E aqui não cabe sermos ou não adeptos da convivência com animais; o que está em questão é o quanto ele foi benquisto, desde que chegou.
Quem chegava percebia o quanto sua existência ali era cuidada e trazia leveza - que vemos em poucos lugares. Um bichano que limpava energias que pesam.
Régis no colo dos alunos, esparramado no sofá da sala de professores, presença inesperada nas salas de aula, despertando inveja por ser tão bem tratado e cuidado. Com destaque, mais que merecido para a professora Souza - que não media esforços para dedicar a ele o melhor tratamento, alimento e segurança.
Ver os desejos de paz nos recados dos alunos causou emoção e, o término da convivência física, certamente não apagará a memória afetiva. Que lindo gesto! Humanamente possível, energia jogada ao universo.
Fui buscar minha filha na escola, pensando no quanto este bichinho nos fez bem enquanto esteve ali. E então, externei os meus pensamentos pra Iza e ela: "Mãe, ele deve estar no céu, junto com a bisa!"
-Possivelmente filha! No céu dos bichos que se encontra com o céu dos homens. Uma linda leitura do além.
A maneira como ele se foi, causou pena, mas acredito que seres elevados, como os gatos, são muito mais que o que vemos ou fazemos por aqui.
Que encontremos tempo para cochilos necessários, que lembremos de nos alongar, nos mexer, comer em quantidade suficiente e principalmente olhar de forma dócil para quem te oferece cuidado. Os gatos sabem muito sobre o que é viver.
Reginaldo no Maria Regina foi, é e será: "Amor em silêncio" !





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