Ciclo 1 - os primeiros 7 anos
- Daliane Azevedo P. Guimarães

- 5 de jun. de 2022
- 2 min de leitura
29 de maio de 2022, Iza faz 7 anos e a mãe em mim tem a mesma idade. Quanta coisa já vivemos juntas! Não há texto que realize todo este processo de vivência, no entanto, há gratidão profunda pela possibilidade da escrita.
Esta também se "infantilizou e se adultizou" inúmeras vezes. Há registro para quase tudo e um baú recheado de infância, (in)tolerância, (in)compreensão, diversão, sabor e amor. Como não amar esta incrível e legítima viagem!!!
Sete anos de colo, de suporte, de olhares, troca de dentes, presentes desenhados, desenhos de futuro, ensaios frequentes de seguir, apesar do cansaço. Difícil imaginar a vida sem Iza.
Não romantizo a maternidade como outrora fiz, mas para o espaço tomado por ela, não encontro comparação. É real! Pra mim foi necessário! Para outros talvez não! E é tão importante me libertar das amarras dia a dia. São tijolos construídos entre mim e ela, entre nós três por aqui e na capacidade de reflexão.
Legitimar a vida do outro desde o começo, desde os primeiros olhares, desde o susto vindo do choro, a partir daquilo que vivenciamos é uma oportunidade inigualável. Amadureci muito, sem negar os meus deslizes, no entanto, preciso revelar que o mais bonito de ver, é o colorido das roupas.
Nelas consigo entender que há alguém crescendo por aqui, sem perder a alegria. Nelas consigo enxergar a mudança de tamanho proporcional ao vínculo entre nós. Minúcias são cada vez mais relevantes.
Gotas de afeto trocadas na escola nova, a leitura mais cadenciada e tranquila, a professora deste ano que já guardou no coração, os argumentos cada vez mais firmes e o humor sagaz que ela possui.
Não sou super, mas o melhor que consigo, na reflexão, na "audição", no acolhimento ou na tentativa dele, já me faz alguém mais forte. E sinto que todo o processo evolui, transcende, me arrebata toda vez que entendo a missão materna no desequilíbrio que ela me causa. A semente do educar é tão autoeducação quanto soma de afetos.
Sete anos e muita vida até aqui. Que nos transbordemos em passos. Que continuemos a caminhada! E obrigada filha por me fazer mãe!
Que estes registros te encontrem em ciclos diversos de sua história!!
Com Amor,
Mamãe!






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