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Fica. Vai ter colo!

  • Foto do escritor: Daliane Azevedo P. Guimarães
    Daliane Azevedo P. Guimarães
  • 24 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura


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A escrita é mesmo um canal precioso, digno de cuidado, pressupõe poeira que se assenta, rio que corre, vida e seu fluxo. Assim, ela pode brotar de dias muito difíceis ou pouco extraordinários, de ansiedades iguais ou esperanças desonestas... nada explica o lugar inconformado ou confortável de cada escritor. Não há como parar a vida, mas o lubrificar as engrenagens com palavras ou silêncios - é minha paz.


Deparar com os nãos, ainda que eles sejam previstos, dói. Encontrar críticas (des)necessárias e limites, mexe com força. Desistir pode significar fazer a dor parar. Prosseguir "apesar de" é crescer, lembrar que posso - dar o laço da maneira que me for possível e encantador. A poesia é vital, ainda que a prepotência pareça ser superior.


Ao olhar para o lado, encontrei colo - no agorinha das horas, quando pensei ser eu o consolador. É mesmo comprovado, sentido, experimentado - que o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço - físico, virtual, pintado de escuta atenta, de lembranças de quem é você na fila do esforço, da persistência e da coragem.


O segredo Santa Clara já proclamava: "Nunca perder de vista o seu ponto de partida" - Alegrar-me com o percurso já feito e a superação de mim mesma. A leveza do espírito tem como pano de fundo duras lutas. Cada ser com a sua, cada ser com a dor inexplicável de existir.


As palavras voam, as lágrimas caem, a janela se nubla e a roda do destino continua a girar. Mergulho nas crônicas sobre as Olimpíadas, na história de superação da Celine Dion, no choro de saudade da minha filha, na torcida de Lu, no olhar de Ro, no "você consegue" de Júlio, no "segue adiante" da minha mãe, na acolhida afetuosa de Mara, no "continue" do meu professor e principalmente numa força estranha que me ajuda a caminhar... "E o pulso ainda pulsa", pois o "espírito pousa onde a verdade se estabelece".


E porque tantas aspas e dizeres alheios? Porque nada é aleatório quando se educa a visão. Tudo se conecta ao seu propósito, mesmo que o cansaço te indique outra leitura. Pode ser grandioso mesmo nascendo do menor lugar possível, da modesta vontade de continuar estudando e aprendendo, e colhendo amigos, plantando dizeres, buscando prazeres. Bons projetos acontecem assim, no meio do livro - não quando ele acaba. A vida é feita de releituras e inúmeros desfechos.


Não está fácil. Não acabou. Transformará! É dada a largada para os dias de sol!

 
 
 

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