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Férias recheadas de mundos paralelos!

  • Foto do escritor: Daliane Azevedo P. Guimarães
    Daliane Azevedo P. Guimarães
  • 6 de jan. de 2023
  • 2 min de leitura

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Essa semana consegui concluir três filmes que o ócio merecido me proporcionou. Avatar, O amante de Júlia e Deu a louca na Chapeuzinho. Três enredos diferentes em muitos aspectos, mas semelhantes naquilo que propõem ao espectador.


O primeiro deles - em minha ínfima avaliação, sugere que voltemos ao nosso aspecto mais selvagem, com o intuito de encontrar nossa inteligência mais plena e profundamente mais leal com a natureza de ser. É mesmo um paradoxo, introspecção, força interna e só depois reação. Somos mesmo energias interligadas com o ambiente. Animais e plantas conectados aos demais seres e não o contrário. A humanidade segue o caminho inverso e a natureza parece gritar pela volta de todos!


Ver para além das aparências! Renascer no coração dos outros! Reestabelecer o vínculo com o planeta, são tarefas que exigem esforço individual e coletivo.


O amante de Júlia, traz com muita sutileza, características machistas e controladoras - disfarçadas de "normalidade". Prisões muito comuns nos relacionamentos atuais e que, por longos anos, foram aceitas e tidas como o único caminho. Ao longo das cenas, escritas e representadas por artistas brasileiros, é revelado o percurso da reflexão, do cultivo de flores internas, da aceitação de que a estrada pode ter outras saídas. Parece não ter ritmo e imagens chocantes, que despertariam curiosidade, no entanto, o decorrer do enredo, realiza em nós o desejo de que as personagens se encontrem com elas mesmas, antes de qualquer ação. Como na vida real, alguns processos de evolução acontecem e outros nem começam. O fim não parece fim. E a arte imita a vida que continua!


Deu a louca na Chapeuzinho foi uma escolha aleatória de quem tem criança de férias em casa. Mas não me arrependo da viagem; não me arrependo de ver um lobo que não é mau, de encontrar uma releitura com foco no roubo de um livro de receitas e de ver personagens femininas tão empoderadas que auxiliam na investigação e determinam o protagonismo da história. Nada passa de um reconto, sem o romantismo dos clássicos, mas com muita ação e realidade. Construir pontes entre a histórica clássica e as versões da vida que se apresenta atualmente, não é uma missão fácil - mas o cinema tem este requinte artístico e gerador de pensamento.


As três histórias trazem mulheres fortes, capazes de realizar intervenções importantes, desconfiguram a ideia de fragilidade e ganham espaço no imaginário de quem assiste a cada uma. E muito mais do que ficção científica, entretenimento ou paráfrase - realizam uma espécie de evolução dos aspectos femininos, posto que pássaros nasceram para voar e, gaiolas e lobos - são a personificação de tudo que nos impede de elevar-nos a um nível que já é nosso por direito, aqui ou em Pandora.

 
 
 

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