Liberdade de SER

Nos últimos dias fui questionada sobre a minha eficiência como professora - ao ser observada fazendo algo banal, melhor dizendo, "simples". Aquilo me intrigou, mas no mesmo instante me fez refletir! Até aqui foram quase vinte anos lecionando, primeiro pra crianças, atualmente para adolescentes. E nunca foi fácil, em alguns momentos tive sorte de encontrar profissionais que me ajudaram, mas na somativa das horas, foi muita ralação. Nem sempre a vida apresenta incentivos, elogios, bons olhares. Em tempos anteriores comentários como este me colocariam literalmente pra baixo.

A minha leitura atual me reconecta comigo e vejo quanta evolução já existiu. Dar o meu melhor em cada coisa que me proponho a fazer é algo que me completa como ser que realiza.

A inveja e/ou o preconceito relativos à minha categoria profissional não pode me impedir de fazer bem, assim como um chefe de estado "tão pesado de conceitos desumanos" não pode manipular o seu dia a dia de luta e busca de informações reais, não pode impedir que trabalhe com afinco em qualquer prestação de serviço que você desenvolve.

As críticas tem um papel real de mostrar muito mais da personalidade de quem as produz do que realmente sobre o que é criticado. Que tipo de audiência damos aos comentários não benquistos sobre o que fazemos?

Quanto mais honras direcionadas ao AMOR PRÓPRIO oferecermos, mais tranquilidade teremos quando atirarem palavras sobre nós. Menos impacto terão, passarão pelo crivo das nossas liberdades e das liberdades alheias. Tenho orgulho mesmo da minha postura de hoje; não porque já aprendi tudo ou que me considere melhor que outros, mas pura e simplesmente por acreditar que o caminho do autoconhecimento, pode todo dia um pouco mais, me elevar ao pódio de vencedora. Por todas as lutas que já travei, pelo processo que ainda vivo como mulher, mãe, esposa, "escritora", professora, criatura que produz independente de qualquer palavra (des)necessária que venha atravancar o meu caminho.

"Deixa que digam

Que pensem, que falem

Deixa isso prá lá

Vem pra cá..."

Nunca faz mal bater um papo gostoso com alguém. Fale coisas que elevem! É bem mais forte. Caso não tenha nada a dizer, que tal refletir sobre empatia, trabalho, cultivo de boas relações. As minhas lutas nunca serão as suas e vice versa, mas isso jamais pode me dar o direito de questionar a produtividade dos outros.

Estude, se inspire, preencha-se de palavras bem ditas. Por experiência própria, as palavras voam e podem atingir terrenos difíceis de germinar. Mas aos poucos se encaixam no exato lugar em que precisavam ser plantadas. O exercício diário e constante nos livra de uma série de costumes ineficientes!

Que cresçamos em SABEDORIA e graça!

Obrigada a todos que em alguns pontos da minha vida estiveram com palavras lâminas e que retalharam espaços de liberdade e respiro dentro de mim. Cada um me fez quem sou, forte e fraca, competente ou tentante, resiliente e crente em mim mesma.

Por uma sociedade mais preocupada em agrupar e menos enérgica em medir a grama do vizinho!