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Minúcias

  • Foto do escritor: Daliane Azevedo P. Guimarães
    Daliane Azevedo P. Guimarães
  • 26 de set. de 2024
  • 2 min de leitura




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Há qualquer coisa de eterno quando você parece ser o mundo de alguém - por um instante, por nove anos, pelo tempo de um abraço, de uma amizade, de um recomeço... de uma microfração do agora. O maravilhoso chega perto do desafiador assustadoramente.


Quanto de mim se desfaz?

Quanto de vocês pode reestabelecer caminho?


Foram muitas histórias nos últimos dois meses, que me remetem a outras, me sufocam o sentir, enchem de lágrimas os meus olhos (des)crentes dos sofrimentos alheios. Só Deus possui a sombra para os dias mais quentes, para os corações tatuados de desamor, para os descaminhos mais tristes. Não consigo calcular a dimensão das dores ditas e antes tatuadas na pele crua das horas.


Se foi amor, talvez tenha sido de um lado, a decisão da saída supera, transforma num resgate de amor próprio... "Podem cortar as flores, mas jamais deterão a primavera"!


Vejo olhares que esperam, pelo ônibus, pela vida, pela colheita do que se planta, por histórias, pela filosofia do jabuti - hibernar para recomeçar, por leituras (por deleite) e, talvez respirem o presente que é este tempo sem respostas, com mensagens gentis e outros espelhos – que vejo pelos corredores de outrora.


Na espera quisera não ver a falta, mas ela está, e que boa é a sua permanência, isso aprofunda o olhar, faz caminho.


Quanto do básico lhes falta?


Eu não construo empatia, eu desconstruo a falta dela aqui dentro, toda vez que considero a escuta atenta. São episódios intrusivos, traumas recorrentes, medo de futuro e enfrentamento - com bagagem diversa. O maravilhoso e o não maravilhoso. Nevoeiro e sol! Possível Amor quando só se vê tristeza e feridas!


É doçura e dor ouvir sobre um passado de lágrimas transformado em agoras amáveis. As estradas são contraditórias. "Coisas boas acontecem com pessoas ruins e coisas ruins acontecem com pessoas boas" - não é filosofia, é qualquer coisa de admiração, qualquer coisa de maturidade, qualquer coisa de crença nessa tal esperança é no afeto.


Ter com quem contar, para quem contar, o que dizer... é de uma riqueza em nível ouro, posto que alguns sofrimentos se dissolvem na verbalização, na intervenção quase imperceptível, no desenlace de um presente chamado amizade.


A crueza da escuta me ensina todo dia sobre sensibilidade e limites internos, sobre olhar e respeitar a palavra dita e não dita.


Quanto de mim sinaliza você?

Quanto de você (des)estrutura aqui?


É Literatura tocada nas letras arrumadas da fala, no “choro que diminui a profundidade da dor”, no canto muito pessoal do seu instrumento mais afinado: coração.


Que ele nos toque músicas refinadas, ressoe canções antigas, ecoe ao mundo os nossos sonhos melódicos e faça ninho no abraço amoroso – “oferta de lugar, contorno do outro” - após conversas com qualquer coisa de PAZ.

 
 
 

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