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Nossos desertos têm uma flor em comum

  • Foto do escritor: Daliane Azevedo P. Guimarães
    Daliane Azevedo P. Guimarães
  • 17 de fev. de 2023
  • 2 min de leitura

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Algumas leituras na vida nos marcam profundamente. Ninguém nunca saberá medir o alcance que um livro pode ter. Ler e partilhar, através da escrita, é pensar mais vezes sobre uma mesma história e deixar florescer perspectivas que a vida real talvez não te apresente.


Comecei há alguns meses a apreciação do livro: "Mulheres que correm com os lobos!" e, guardaria pra mim os registros, caso um pedido especial não me fosse feito. Realizarei, compartilhando por aqui, cada capítulo. Espero despertar a vontade de buscar a leitura completa e tirar suas próprias impressões, assim como o fiz.


Li o primeiro capítulo completo, porque “eu sempre preferi o chão, as árvores e as cavernas”. Comecei a mergulhar em algumas etapas da minha existência e entendi que os espaços percorridos pelos meus desertos fazem todo sentido, quando vislumbro a loba que também sou. Não somos mesmo daqui, não somos senão parte das histórias tantas anteriores a nós. Guardamos um canto secreto, a intuição, a escuta atenta, a necessidade de nos resguardar e/ou resgatar “rio abajo rio”. Aliás, esta é uma linda metáfora!


Ressalto algo aqui, referente à página 45, que diz que chegamos a uma dimensão profunda através de algumas coisas, dentre elas, a arte de escrever. E enxergo que o meu exercício de uma vida inteira, não me é em vão. Mundo entre mundos, a alma que se refaz, recolher os ossos, reestabelecer o espírito e principalmente, refletir a importância das garras do selvagem em nós, da potência da fertilidade feminina...temos terra, semente e luz.


Outro ponto que me lembrou conexão, foi a página 51:


“Embora algumas pessoas preferissem que você se comportasse e não demonstrasse alegria exagerada ao dar as boas vindas a alguém, faça-o de qualquer jeito. Haverá alguém que se afaste de você, com medo ou repulsa; a pessoa amada, porém, irá valorizar este seu novo aspecto.”


Como me reconheci aqui! Alegrando-me ao rever amigos e me manifestar com carinho, em cada reencontro. Isto foi se tornando o meu natural; embora alguns interpretem diferente.


“A contadora nunca sabe como tudo vai acabar, como as histórias chegarão nos ouvintes, mas é nisso que reside, pelo menos, a metade da magia, orvalhada da história!”


Dentro de nós existe o fôlego, nossas verdades, anseios e acrescentaria: as amizades que revisitam nossos espelhos. Eu precisava deste livro pra juntar meus caquinhos, refazer a minha alma à mão, reencontrar minha mulher selvagem e mergulhar no rio abaixo do rio. E me reconheço loba, mas fazer essa percepção na companhia dos atentos aos meus escritos – através da leitura compartilhada, é confirmar que nossos desertos têm uma flor em comum!



 
 
 

1 comentário


Laylla Duque
Laylla Duque
18 de fev. de 2023

Como sempre tão reflexiva, doce, mas forte em suas palavras, amiga. Gratidão!❤️👏👏👏

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