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Ponto de referência

  • Foto do escritor: Daliane Azevedo P. Guimarães
    Daliane Azevedo P. Guimarães
  • 15 de out. de 2022
  • 2 min de leitura

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Uma semana com significados demasiadamente importantes. Que sentido teria o mundo sem a criança-professor e sem o professor de "gente" - pequeninos ou não? Não temos como separar dois seres coexistentes e tão necessários.


Podemos garimpar conceitos, distribuir características infinitas no dia específico do calendário destinado a cada um, fazer chover flores e não chegaríamos ao impacto que estes dois seres causam na vida dos que podem - em alguma parte desta vida, conviver com eles.


A criança só quer viver, e se a deixamos livres, provam o contato com a sua natureza de aprendiz, ensinando-nos a entender o que viemos fazer aqui. Dos mais inquietos aos mais tímidos, nenhum ser infantil, deveria nos passar despercebidos, não escutados, impróprios para este planeta adulto - apressado, pressionado, incapaz de parar - somente pausar e contemplar.


O professor, profissional competente e real que se dedica - apesar de tantos pesares, tem uma missão similar ao tempo pueril: no meio do movimento, se fazer escutado, próprio dentro de um planeta nefasto, despertar parada e contemplação: de si, do mundo, do saber.


Costumo repetir que o treino nos conduz ao saber, de qualquer ação que a gente se propõe e que ainda não conseguimos executar ou considerar sem imperfeição. Jamais chegaremos ao perfeito, acredito até que este é muito relativo e simbolizaria o término. Prefiro o "quase", sem sabor de morno. Alimentando um amor aos meus feitos, ao que conquisto no pouco, em comparação comigo mesma.


Até os dons podem ser lapidados, melhorados, treinados... com criança perto, com professor que não se cansa de aprender, que "ilumina" e conduz. E se os dons ainda não foram despertos, porque "tudo é processo", o caminho precisa ser percorrido a muitas mãos mesmo, para que os vagões desta vida sejam conduzidos no coletivo.


Para aqueles que de alguma forma, já descobriram a sua missão, tenham o coração grato e realizem esta gratidão ao tempo em que enxergaram o seu ser criança e aos olhares dos mestres que passaram por nós.


Um dom especial por si só, é só uma vela precisando ser acesa. O fogo, os estímulos ambientais, o incentivo, a alegria do "estar junto", a admiração... vêm especialmente "dos outros" para que aprendamos aos poucos, autoadmiração.


Ora somos esta criança, ora somos o mestre, e mais... há tempos em que só precisamos aquietar e estar sem saber, e assim, direcionar de novo a nossa existência. Provo, por ser professora de profissão, o "não saber" por onde ir - muitas vezes, e é para a criança que fui - que costumo me refugiar.


Ela sim, pode encher-me de uma vontade de aprender - que nem ela sabia existir. E de nada me adiantaria, a adulta que sou, se minhas mãos pequeninas de antes não me revelassem o dedilhar das letras.


"Que a vida não nos devore." Que possamos conseguir descanso e possibilidades na observância de uma criança que realiza o verbo "viver" e de um professor que não solta a nossa mão - nem quando ele deixa de existir!



 
 
 

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