
Quando o tempo parece parar
- Daliane Azevedo P. Guimarães

- 5 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
A 🌙 no céu tem tanto a nos ensinar, das coisas que outras passagens de vida real não teriam.
Quando criança tinha medo de sua fase CHEIA, pois minha imaginação sempre me apresentou uma fertilidade que causa-me pavor - vez ou outra. E na infância quase sempre não existia espaço para temores inexplicáveis.
Lua cheia, minguava minhas forças, brotava lágrimas, fazia crescer minha imaginação e uma nova possibilidade; porque no fundo eu sabia que aquele formato mudaria.
Na estrada estivemos nos últimos dias e por muitas horas, ida - estada - volta, na dança das máscaras, no compasso do cuidado e da higiene, o que mais me chamou à tona foi a LUA. Presente em todo canto, encanto, olhares, tristezas, dores, saudades, mas principalmente nos recomeços.
Há fases que precisam ser vividas e não temos controle. Sofrer metamorfoses talvez seja nosso principal caminho por aqui.
As situações são tantas, a força do vento, a inquietação das águas, a maré que nos impulsiona ou acovarda, são resultados mesmo do movimento lunar.
Distrair-se ao contemplar o céu é também olhar pra dentro, receber vibração positiva, entender a rotatividade de tudo, a flexibilidade que necessitamos para dias de espera, reações inesperadas, é crer que a semente pode germinar - ainda que não seja na hora que queremos.
A estrada nos enche de pequenos entulhos de intolerância, mas o caminho nos distribui um milhão de pequenas gentilezas que o exercício do olhar atento faz enxergar.
Que suas fases demorem o suficiente para que compreenda o cíclico da vida, a retomada da pele após o machucado, o reconhecimento da sua profissão ou missão primeiro por você, depois pelo outro, e que nunca mingue sua coragem de se encher de coisas positivas - ainda que tenha tantas etapas para administrar. Como a LUA - viva cada uma na sua vez!




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