
Que bom que você chegou...
- Daliane Azevedo P. Guimarães

- 23 de abr. de 2021
- 2 min de leitura
A casa é cercada de Unicórnios, seres inanimados e possíveis histórias em qualquer momento que ela desejar. Nos seus quase seis anos - tão intensos de infância, nada é tão marcante quanto seu gosto pelos livros, pelas histórias e por desenhar.
"De onde você surgiu? Que bom que você chegou..." - Oswaldo Montenegro que me permita o uso da letra para decifrar a constância da vida com ela.
E na melhor das horas me perdoo pelo susto da sua chegada, pelo esforço grande em fazer direito, quando você só queria presença. E nas tantas saliências da minha persona - enxergo visitas da minha alma na sua. Reflexos dos livros que lemos juntas, das perguntas que nos fazemos, do distanciamento das inúmeras receitas do maternar. O meu é por vezes cuidadoso e em outras, não passam de tentativas.
O mais comum é o repensar, o refazer, o aventurar ser quem sou - sem omitir os detalhes e os entraves. Sim! Ela sabe do meu amor - ele não precisa de provas e amostras. Acontece na emergência dos tempos que se vão e, na estática hora do retrato. Este registra o amor e o rosto ainda tão infantil.
Ela me diz - um tanto quanto feliz: -"Mamãe, não quero que você morra nunca e nem fique velha! Talvez se a fadinha viesse e te fizesse criança de novo!"
Entendo que este seu desejo eu não posso realizar por completo. Mas te juro, que venho crescendo em cada caminho trilhado contigo. E estes registros - em formato de crônicas, ficarão - porque as palavras não morrem.
Os momentos, os livros, as histórias, os desenhos - os meus e os seus... são flores.
O meu coração deu flor! E que bom que você surgiu!




Que lindo 😍 acho que Oswaldo adoraria saber que foi citado tão lindamente