Reconhecimento
- Daliane Azevedo P. Guimarães

- 20 de ago. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de ago. de 2022
Nos recantos todos que focamos o olhar, pode nascer uma liberdade. Ainda que os recônditos nossos venham nublar os olhos. Em qualquer canto e quando menos espero, afinidades acontecem. A vida é mesmo cheia de "encontros inevitáveis" ou quem sabe, reencontros de outras vidas.
Numa dessas vivências esbarrei com alguém que assiste a vida e ao mesmo tempo, dança sua trilha sonora, recomeça capítulos e prossegue para novos episódios, com muita maestria.
Acredito que a reconheci, me aproximei e de quebra, tenho dividido impressões. E nas trocas, recebo uma sugestão de filme: Bohemian Rhapsody - A biografia de Freddie Mercury. Uma história exposta em impressionantes detalhes. Desde o ator escolhido até a mistura de cenas reais e fictícias. Biografias bem escritas, nos movem!
Nesta, há reflexões, intenções, insanidades, suspeitas, lampejos da fama - sem glamour e, a genialidade de Freddie. Daqueles seres únicos. Não há nada parecido, no mesmo instante em que foi alguém potencialmente humano; num tempo em que assumir a sua bissexualidade era mais do que uma aberração.
Nas sutilezas e recortes sobre sua vida, percebe-se uma solidão amarga, típica dos grandes gênios e sofredores de tamanho preconceito. A dor era sua amiga e a mola mestra de suas composições. De fato, ele foi cercado de pessoas, mas teve pouquíssimos amigos. Amou profundamente a música e sua voz é inigualável até para os que menos apreciam o som do Queen.
Pessoas que sugerem coisas belas de se ver, são pessoas para estar perto, pois antes mesmo da conversa, tem o olhar que já afirma "participar da vida" - sem o rigor dos que pensam saber e sem a mediocridade dos que não se abrem para o livre aprender.
No intervalo entre a luz e a espada, existe o tempo do encontro, daqueles que só nos pedem a "liberdade de ser".






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