SEM O DOMÍNIO DO TEMPO
- Daliane Azevedo P. Guimarães

- 28 de mai. de 2021
- 2 min de leitura

A conversa hoje é sobre ciclos. Os últimos seis anos para ser mais exata. Com ela, por ela, por nós... no intuito mais simples do existir. Colecionar recomeços, realizações internas, dentinhos de leite, períodos de janelinhas, o início da leitura - que revisita a descoberta do caminhar, o ímpeto justiceiro que sempre teve, o desenrolar das danças, das relações com outras crianças, o compasso dos dias: tudo. Tudo com diferentes sabores.
Sua vinda nada mais foi que o maior de todos os processos, o melhor de todos os caminhos, a maior de todas as minhas escolhas.
Hoje, rememoro cada canto que ela preencheu, com sua própria "vidinha", um milhão de pequenas coisas que sabemos pela convivência e pelos registros que faço. Os escritos são pra ela, mas traz imenso prazer este compartilhar. Presumo que nunca me faltará temas para escrever, enquanto houver vida junto dela. Tem mesmo outro sentido.
O brincar, as histórias, sua facilidade em dizer o que pensa, o que sente, o que deseja... nos faz aprender muito sobre abrir espaços, cada vez maiores, para a infância. As crianças precisam ser ouvidas e respeitadas como seres revolucionários, com uma linda missão de lembrar aos adultos do valor do caminho.
Nem sempre foi fácil, nem sempre são flores, nem sempre ecoa amor, nem sempre se confunde filho com conquistas, vitórias, prazeres, descansos, sucessos... mas aposto - infinitas vezes, que é exatamente nesta humanidade das horas que se revela minha atuação, minha tutoria, meu zelo, minha verdade interna, meu merecimento...
Recebi este olhar terno há exatamente seis anos e me abasteço deste limiar de sua estrada - na troca sincera entre nós e nas palavras que foram ganhando proporções diversas. Hoje realizo-me na grandeza do acompanhamento.
Chegará um tempo, e o seu crescimento físico também mostra isso, em que ela não mais necessitará de tanto amparo - como em sua meninice, mas é bastante provável que a minha escrita a acompanhe pelos seus outros ciclos de vida. E que seja SEMPRE um sopro de carinho atemporal, sem datas precisas, apenas AFETO!




Que homenagem valiosa e doce, obrigada por compartilhar o seu amor e doação para com sua pequena( não tanto) com seus leitores e amigos ❤ viva Iza 🌻🌻