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SINCERIDADE - BELEZA RARA

  • Foto do escritor: Daliane Azevedo P. Guimarães
    Daliane Azevedo P. Guimarães
  • 18 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura


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Captando algumas sementinhas das redes sociais, encontrei uma frase que não sai da minha lembrança: O adulto criativo é a criança que sobreviveu. - Ursula K. Le Guin. Profundamente sincera, especialmente ligada a arte de ser "espontânea" e potencialmente corajosa. Daquelas que só os adultos criativos entenderão.


Na vida real, tão atual em informações, estudos e vivências, ainda encontramos pessoas que matam a criança interna, sonegam a infância que se apresenta à sua frente e possivelmente desconsidera a voz infantil, o brincar, o desenho despretensioso, o tempo de atenção e tudo que circunda o pueril.


Ouvi de uma colega de profissão que a criança - em fase de alfabetização, perde muito por ter um brinquedo em mãos e, fico bastante preocupada. Não com o futuro desta criança, mas com o presente deste adulto. Sua "adultez" tirou a possibilidade do brilho, da arte, da conexão, do atalho para o que nos é valioso.


Não sou e nem quero ser, um alecrim dourado, afirmando-me ser criativo e totalmente conectado à infância, pelo contrário - abstenho das qualidades prontas, nascidas comigo e realizo a busca pelo que vai me construindo. Quero e preciso ser alguém melhor. E acredito muito naqueles que viveram a primeira fase da vida, rodeado dos afetos, dos seus amuletos, das suas coleções, e que jamais perdem suas conexões.


A gente aprende a respeitar o outro aos poucos, na cadência das realidades todas. Chego ao coração, porque primeiro me atentei a alma do instante. Encontramos o poder do aprendizado pela ponte da atenção, da assistência, do cuidado.


Não jogamos o filhote no precipício para que aprenda a voar forçosamente, antes declaramos com ações o acolhimento do seu mundo, a possibilidade de correr para impulsionar o voo e principalmente - ensaiamos o bater das asas e o recomeço em toda e qualquer fase da vida.


Entristece-me saber-me egoísta quando em algum instante da minha existência não considerei a infância e todo potencial criativo que nela possui. Mas, alegro-me em aceitar-me caminhante no processo de continuar a criação interna do meu ser menina, criando outra menina - na intenção de um legado natural da brincadeira inteligente, do cultivo de afetos e precisamente de presentes de mais valia.




 
 
 

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