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Sobre cumplicidade

  • Foto do escritor: Daliane Azevedo P. Guimarães
    Daliane Azevedo P. Guimarães
  • 21 de jun. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 24 de jun. de 2024


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Hoje a professora Patrícia nos fez pensar sobre a profundidade dos textos, o quanto cada leitor pode fazer a sua interpretação e acrescentar muito de si, daquilo que já leu, dos discursos de outros; o quanto estamos imersos em valores, condutas e resquícios de memórias alheias, outras vidas, grandes autores, inconsciente social, livros que lemos, escolhas internas, psicologia, retalhos que entrecortam nossa experiência por aqui.

Arquivamos em nosso HD toda e qualquer vivência, seja ela intencional ou do acaso, explicada ou não, e vamos formulando nossa passagem.

Tudo me faz lembrar o meu gosto pelas letras e mais uma vez o estudo direcionado à literatura, só me confirma a possibilidade de crescer ainda mais - me direcionando àquilo que sempre me preencheu.

Sim, como a professora e os colegas me disseram: "sou escritora", por exercer a arte da escrita de crônicas e trazer para o site - o que de melhor existe em mim. São recortes da minha vida, impressões que a priori não teriam tanto valor, se não fossem o prazer em compor cada uma e as devolutivas que recebo - cercadas de cuidado, que me revelam o alcance que os textos possuem.

Eles saem de mim, mas chegam em terrenos diversos, ganham corpo, ternura e nuances que podem se assemelhar a minha intenção ou ter diferentes óticas. Assim como acontece, na experiência com novos colegas de jornada.


Daniel, Fábia, Joana e Tati,

já se passaram infinitas horas de idas e vindas, inúmeras vezes em que nos ajudamos com palavras, trocas e confissões. De algum modo, em menor ou maior grau, todos temos lutas, no entanto, resistir, insistir e continuar têm sido nosso ponto em comum.

Desde o início 'juntos'! Nas aulas, nos corredores, nos intervalos, nas percepções, nas risadas de desespero pela quantidade de funções que assumimos...

Muita estrada temos e pouco sabemos sobre como cada um percorreu. O que não tira o brilho do encontro, o que provoca reações e interpretações similares e nenhum autor conseguiria descrever, além de nós mesmos. O restante faria leituras perigráficas, posto que a maior obra é interna e poucos têm acesso.


Hoje ouvi da professora e de vocês que os meus textos são parecidos com a minha pessoa. Concordo em parte, porque não conseguimos separar, enquanto escritores, o que nos é percepção, correlação ou vontade do concreto. A vida é mesmo muito mesclada!

Considero a escrita a minha parte mais generosa, ela consegue feitos que outra face de mim não atingiria. O que escrevo organiza o que 'na vida comum' se espalha em caquinhos, dores, dissabores e amores. Nas palavras nada se perde, assim como no encontro com pessoas incríveis - como vocês!

E muito mais do que a análise do discurso, o renascimento dos autores, para que serve a literatura, o que é ler... o convite maior ultrapassa os desafios das datas e chega num campo muito delicado - o protagonismo de um grupo pequeno, composto por cinco mentes, carregadas de vontades, subjetivismo, (in)coerências, munidas de enredo - em busca de um desfecho comum.

Que tenhamos muitas histórias para trocar e que a vida siga sendo esta 'obra aberta', sujeita a continuidade: temporadas, capítulos e séries inteiras de olhares, incentivos e avanços.


 
 
 

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