Vista da minha janela
- Daliane Azevedo P. Guimarães

- 18 de nov. de 2021
- 1 min de leitura

Há tempos sem escrever por aqui e realizando em mim muitos textos. As conversas triviais e não menos densas, têm montado um cenário de pouca presença física, mas muito conteúdo virtual, "amigável", curioso, difícil e "maternal"...
Quanto exigimos de nós? Quanto aprendemos a não exigir de nós? Sabemos que precisa ser leve e levamos tanto nas mais variadas fases. Exaustão dos dias mesmos de pandemia, trabalho intenso no lar (doce lar) - lugar outrora símbolo de descanso. Por trás da possibilidade do normal, há o convívio do ainda estranho. A dúvida é proposta pelo vírus.
Somos pessoas em suas intensidades, valores e pendências, flagelos e passos e, o que mais aprecio A METAMORFOSE.
Tão potente poder mudar: de opinião, de cabelo, de estilo, de sabores, no "nosso tempo", no "nosso querer", dispensando olhares, alheios, formas prontas e expectativas.
Aproximar-me dos quarenta, numa quarentena, me trouxe tanto! A introspecção sempre existiu, mas quando ela é respeitada por mim mesma, é natural que eu reconheça quem está comigo. A vida nos ensina a afastar o que não nos faz bem, o que é viral, contagioso, autodestrutivo. Subtende-se que a vacina: "tempo", se encarrega de suavizar. Que tenhamos SEMPRE a possibilidade do recomeço. Penso que nele está a graça de continuar por aqui.
O amor próprio, íntimo e possível, se aglomera ao tempo que vivemos e as evoluções que nos permitimos.
É tão mais leve quando na bolsa de viagem só consta o essencial: as pessoas que importam, as coisas de que gosto, o espelho que perdoa, a porta que se movimenta, o cuidado do reinício e, principalmente: O AGORA - único tempo que nos pertence!
Por dias menos ansiosos! Amém!




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